A perda auditiva pode ser causada por diversos fatores. Pode ser relacionado a traumas, exposição prolongada a sons altos, doenças, acúmulo de cera de ouvido e até ao natural avanço da idade. Porém, no caso da otosclerose, a situação é um pouco diferente, sendo um dos motivos mais comuns de deficiência auditiva entre os jovens. Mas, afinal, o que é a otosclerose?
O que é a otosclerose
A otosclerose é uma doença que afeta os ossículos do ouvido interno, mais especificamente, um distúrbio que provoca um crescimento fora do normal do tecido ósseo, o que acaba por restringir o movimento do estribo. Como consequência, ocorre uma calcificação que dificulta a atuação dos outros componentes do ouvido e assim a transmissão sonora para o ouvido interno fica afetada. Se trata de uma perda auditiva gradativa, o que dificulta o diagnóstico.
A doença afeta por volta de 10% dos adultos brancos, sendo a maioria do sexo feminino entre 20 e 30 anos. Raramente começa a se apresentar em crianças de 7 ou 8 anos, geralmente e manifestando ao fim da adolescência ou começo da vida adulta com uma perda auditiva assimétrica lentamente progressiva.
Causas e sintomas
A otosclerose é considerada pelos profissionais da saúde como uma doença hereditária, porém sarampo, distúrbios vasculares, hormonais, metabólicos e autoimunes, traumas, alguns vírus e até mesmo a gravidez pode desencadear a doença em pessoas com predisposição.
Na maioria dos casos, afeta apenas um ouvido e desenvolve de maneira progressiva, podendo também ser acompanhada de zumbido, problemas de equilíbrio, vertigem e dificuldade de captar sons de baixa frequência.
Diagnóstico
O diagnóstico só poderá ser feito por um médico otorrinolaringologista que irá fazer uma avaliação clinica e investigar o histórico familiar. Então irá solicitar exames como audiometria tonal, impedanciometria e timpanometria. Se houver uma ossificação fora do comum ao redor da estribo causando paralisação da transmissão dos sons, então é confirmado o caso de otosclerose.
Tratamento
A otosclerose e a perda auditiva decorrente da doença não possuem cura, porém existem opções de tratamento bastante eficientes. Em casos mais leves, o uso de aparelhos auditivos pode ser indicado, enquanto em casos mais graves pode ser sugerido alternativas como cirurgias e implantes.
Se você tiver alguém da família já diagnosticado com otosclerose, fique atento para os primeiros sinais de diminuição da capacidade de audição. A doença é gradual, piorando ao longo do tempo, por isso é importante procurar ajuda médica o mais cedo possível.