Pessoas com perda auditiva, correm mais risco de declínio cognitivo do que as pessoas com audição normal. Essa ligação está bem estabelecida há anos, mas até recentemente, acreditava-se que a demência e outras formas de comprometimento cognitivo levavam anos para se desenvolver. Novas pesquisas mostram o contrário.
A perda auditiva precoce aumenta o risco
A perda auditiva afeta milhões de pessoas de todas as idades no mundo inteiro. Se não for tratada, leva a um risco aumentado de vários problemas de saúde, sendo um dos mais sérios e bem estudados o comprometimento cognitivo – um declínio na memória, linguagem, pensamento e julgamento.
A perda auditiva aumenta o risco de demência?
Existem vários estudos que confirmam essa associação, incluindo um estudo francês de longo prazo publicado em 2018 que encontrou taxas mais altas de demência em pessoas com perda auditiva não tratada. Acreditava-se que o comprometimento cognitivo se limitava principalmente a pacientes que sofriam de perda auditiva relacionada à idade, mas um novo estudo mostra que não há “limite de idade” no declínio cognitivo; mesmo pacientes mais jovens com perda auditiva em estágio inicial apresentam sinais.
Anteriormente, os pesquisadores usavam medidas arbitrárias para determinar o limiar de comprometimento cognitivo, escolhendo 25 dB (sobre o som de um sussurro) como um indicador de comprometimento cognitivo com base na suposição de que isso não ocorreria até que os pacientes atingissem esse marco. No entanto, nenhum estudo foi feito para ver se isso era uma medida verdadeira e precisa.
Quais pacientes correm mais riscos?
Eles receberam testes de audição e cognição e, para surpresa dos pesquisadores, a maior diminuição na capacidade cognitiva ocorreu naqueles pacientes cuja perda auditiva estava apenas começando – aqueles que foram diagnosticados com uma perda auditiva de apenas 10 dB . No geral, para cada diminuição de 10 dB na capacidade auditiva, houve uma queda correspondente na capacidade cognitiva. Isso foi observado em toda a linha.
A perda auditiva pode reduzir a socialização e a conversa
Também é possível que as pessoas que não ouvem bem tendam a socializar menos e, como resultado, tenham menos conversas estimulantes. Ao longo de muitos anos, isso pode ter um impacto negativo na cognição.
Os aparelhos auditivos ajudam a reduzir o comprometimento cognitivo da perda auditiva?
Independentemente dos resultados de estudos adicionais, a evidência é clara de que os aparelhos auditivos oferecem benefícios para pessoas com perda auditiva. Alguns estudos mostraram até que reduzem as taxas de declínio cognitivo; um estudo atual está em andamento para confirmar isso.
Os aparelhos auditivos melhoram sua capacidade de se comunicar e ajudam a melhorar sua qualidade de vida.
